sábado, 18 de junho de 2011

Nova estrela, Alex pede cuidado com vaidade e busca bi da Libertadores


Desde a polêmica parceria com a MSI, o Corinthians não pagava tão caro para contratar um jogador. Foram R$ 14 milhões para tirar Alex do frio da Rússia e colocá-lo diante da missão de ser o cérebro alvinegro. Mais do que um legítimo camisa 10, o Timão buscou alguém pronto para conduzi-lo ao eterno desejo de conquistar a Taça Libertadores e com a ambição de gravar seu nome na história de um dos mais importantes clubes do país.
- Vou ser muito cobrado e já vim sabendo disso. Eu me encontro preparado para enfrentar tudo. Vou atrás de construir uma história – afirmou.
alex corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)
Campeão da Libertadores em 2006 pelo Internacional, o meio-campista encontra no Corinthians um elenco experiente e com estrelas internacionais. Por isso, foge do rótulo de “salvador da pátria” e exalta as qualidades do grupo, mas faz um alerta: a vaidade pode ser um dos grandes obstáculos da equipe no caminho para os títulos.
Nesta entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, concedida no CT Joaquim Grava, em São Paulo, Alex fala que está quase 100% fisicamente para estrear contra o São Paulo, dia 26, no Pacaembu, pelo Brasileiro, coloca o Timão como um dos fortes candidatos ao titulo e não esconde o desejo de retornar à Seleção Brasileira para realizar o sonho de disputar a Copa do Mundo de 2014.
- Estarei com 32 anos e posso jogar em alto nível – garantiu.
Confira os principais trechos da entrevista:
GLOBOESPORTE.COM: Faltando pouco mais de uma semana para a estreia, qual é sua projeção física para estrear no clássico contra o São Paulo?
Alex: Chego em uma condição física boa. Se não estou 100%, estou muito perto disso. O que falta é o contato com a bola, o ritmo de jogo. É natural. Nada que seja tão relevante. Deu para fazer uma base importante nesse mês de treinamento.
alex corinthians treino (Foto: Daniel Augusto JR / Agência Estado)Alex treina firme para jogar no dia 26, no clássico
Na apresentação, você disse que gostaria de jogar mais próximo ao gol, como no Spartak Moscou-RUS. O Tite falou que poderia ser na vaga do Danilo ou do Jorge Henrique. Qual é sua preferência?
Fui contratado para ser um meia articulador. É isso que vou fazer, mas com outras opções. Temos jogadores bons e inteligentes taticamente. A ideia é jogar sempre do meio para frente para ajudar a criar e fazer gols.
Como você avalia o momento do Danilo depois de quatro rodadas do Brasileirão?
É um grande jogador, experiente e vitorioso. Isso pesa em um momento de decisão. É importante tê-lo assim. Todos ganham. Eu, mesmo sem jogar, já estou ganhando porque me ajuda a trabalhar cada vez mais para buscar meu lugar. Acontece com o Morais também. Hoje, o espaço é do Danilo. Mas ter todo mundo bem é importante para o grupo. O Corinthians ganha com isso.
Ele é seu principal concorrente?
Não vejo como concorrente porque podemos jogar juntos. Depende da formação tática. O time pode até jogar comigo, Danilo e Morais, sendo dois abertos. Se ficar um ou dois fora da equipe é o momento. Willian, Jorge Henrique, Liedson e Emerson também estão treinando bem, mas não acho que são concorrentes.
O Corinthians está formando um elenco com jogadores renomados, como você, Emerson, Liedson e Adriano. Além da qualidade, o ego também aparece nesse momento?
O grupo vai saber diferenciar lado individual, orgulho, vaidade e levar para o conjunto. Temos que colaborar de todas as formas. Não vejo ninguém vaidoso. Um ou outro pode não estar 100% feliz por estar fora, mas é natural. Não podemos deixar que isso se transforme em insatisfação. Não tem como o Tite colocar todo mundo. Eu estou chegando agora e é bonito falar isso, mas o tempo me ajuda a enxergar dessa forma. Se o grupo não estiver bem, ninguém vai ganhar e aparecer. É importante ter um controle disso. Se o grupo não tiver, vamos passar a ideia de que precisamos ter um pensamento coletivo e não individual.

Alex Corinthians (Foto: Ag. Estado)
Você passou por algo assim?
Às vezes, acontece. É um distúrbio em algum momento. Houve no Inter, não foi nada grave. Sempre foi um bom clube para trabalhar, o grupo era bom. Uma vaidadezinha de um ou outro pelo momento de você ou aquele estar aparecendo mais que o outro pode acontecer. Mas, nesse nível que estamos aqui, é só ter um controle.
Você é o reforço mais caro dos últimos anos. Imagina que será mais cobrado por isso?
Tenho certeza que vou sofrer pressão. A expectativa é muito grande pela história que criei nos últimos seis ou sete anos. Venho jogando em um nível que me trouxe para essa condição de ser repatriado assim (comprado). Vou ser muito cobrado e já vim sabendo disso. Eu me encontro preparado para enfrentar tudo. Não falo que sou salvador porque temos um bom time e parece que está faltando só o Alex. O time está bem para caramba. Não acho justo ter a responsabilidade só em um.


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